No príncipio

Talvez a culpa seja da minha mãe... para variar!

A questão, é que corriam os anos 80 e a ocupação dos miúdos como eu, passava pela rua, na Primavera e Verão, e pela casa e a família no Inverno e Outono mais chuvoso. E foram várias as tardes em que a chuva lá fora, inspirava a miúdagem da Rua do Miradouro, nº7, 2º esquerdo... mas a verdadeira inspirada era a mãe Fatinha, que da sua mala da costura, tirava num passo de mágica agulhas, linhas e tecidos que num piscar de olhos transformava em palhaços e bonecas que tinham a vida que nós lhes dávamos. E assim, há 20 e tantos anos, a Mó - Mónica - e a Kiki - eu! - tinham amigos de pano únicos feitos à sua medida. Quando se cresce assim, torna-se inevitável que de um momento para o outro (ou nem tanto) se descubra uma mala da costura encantada e dela surjam materializadas as ideias que vão voando dentro de nós, como antes! Desta vez não há magia, que afinal não era mais do que o talento especial das mães de darem asas aos sonhos das crias, mas antes a vontade de descobrir novas formas que mais que nada ou acima de tudo, querem ser únicas, pessoais e intransmissívies!

Assim surge o Ver(de)Água...

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