Dá-se:



"Buraco negro", aka, "Sumidoiro de coisas que até davam jeito".

Pois que tenho em casa um portal para uma dimensão paralela. Era coisa que nem me importaria de ter se soubesse exatamente onde ele está. Assim, quando aquele monte de roupa para lavar já não cabe no respectivo cesto era enviada para o o buraco negro e já não se falava mais no assunto... Ou então, quando fossem lá a casa os representantes dos mais diversos credos que acreditam que há salvação para a nossa alma, também podiam ir para lá... ou então íamos nós... Mas não, o sacana do portal só serve para deixarmos de saber do paradeiro de coisas importantes (e outras não tanto). Tenho a certeza que é por lá que estão os cerca de cinco milhões de ganchos de cabelo que tenho comprado, as 25 meias desemparelhadas que tenho a encher uma gaveta, o recibo dos CTT para levantar uma encomenda, o cabo do relógio de corrida (este é que me está verdadeiramente a chatear), o meu cachecol preto... De tantas casas para o raio do vórtice aspirador de pertences se instalar, logo tinha de escolher a minha humilde barraca!

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